quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Augusto Gil

Há pouco, antes de se deitar, o meu filho leu-nos um excerto da "Balada da Neve", de Augusto Gil, que consta do livro escolar que vai utilizar este ano.
Há já algum tempo que não lia aquele belíssimo texto e não pude evitar uma sensação de deja vu no breve arrepio que senti. Lembro-me que a primeira vez que ouvi esse texto, lido pela minha professora primária, senti o mesmo. Trata-se de uma poesia belíssima na sua simplicidade, enternecedora, doce.
E dei por mim a pensar que só foi possível a Augusto Gil deixar-nos uma poesia tão bela porque viveu na Guarda. Só quem já presenciou a queda da neve na nossa cidade pode descrevê-la tão bem. É certo que cada vez são menos os nevões que vão caindo, mas é sempre um acontecimento mágico quando neva meia dúzia de horas seguidas.
Mais uma vez, apesar de tão belo cartão de visita, pouco ou nada se faz em relação a isso. Passa-me pela cabeça que a Covilhã, aqui ao lado, usa na divulgação turística o epíteto de "Cidade-Neve", apesar de nos 5 anos que lá morei nunca ter visto nevar!
A balada da neve, por ser uma poesia tão conhecida, devia estar inequivocamente associada à Guarda. Por mim, penso que criaria na mente dos potenciais turistas ideias associadas a calma, beleza natural, simplicidade. A minha ideia seria levar as pessoas a pensar na Guarda de cada vez que se fala na "Balada da Neve". Tal como se pensa na Mealhada quando se fala em leitão, apesar de ser possível comê-lo em qualquer sítio do País. Mas para isso, há muito trabalho de Marketing a fazer. Eu acho que valeria o investimento...

5 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente!!!

Anónimo disse...

O mobbing dos remediados

Tenho dado conta, pelos comentários que tem deixado nestas páginas, da presença assídua de um aficionado da prática do blog hopping. O termo refere-se precisamente à navegação compulsiva de uns blogues para outros, com o único propósito de ler e/ou deixar comentários. Neste caso, o/a autor/a utiliza uma linguagem do tipo demencial, apresentando notórias deficiências ao nível da sintaxe e da ortografia. Além disso, assina sempre com nomes diferentes. Porém, o tipo de linguagem denuncia uma origem unipessoal e esquizóide. Trata-se de uma espécie de mobbing muito comum nas caixas de comentários. Promovido por pessoas a necessitarem urgentemente de cuidados ao nível da saúde mental. Ou então, podiam usar um dístico na testa, como uma vez observei numa t shirt: "estivemos um bocado mal, mas agora estamos todos curados. obrigado." Seja como for, neste blogue ficarão à porta.

Rui Ribeiro disse...

Pela minha parte, os comentários serão sempre publicados a menos que os considere ofensivos. Opiniões diferentes, na minha maneira de ver, são sempre enriquecedoras e desafiantes, por mais "desalinhadas" que sejam.

Anónimo disse...

bem falado RUI Ribeiro, mas esse texto foi publicado no bocas de incendido... o que é faz aqui????

Rui Ribeiro disse...

Pois isso, meu caro hugo da silva, terá de perguntar ao user que aqui deixou o comentário...
Eu, nem tinha visto que se trata da reprodução de um post do blog que refere.