O que se tem sabido nos últimos dias sobre a contenda que opõe Esmeraldo Carvalhinho a Lurdes Saavedra preocupa-me e deve preocupar todos aqueles que acompanham minimamente o que se vai passando na Guarda. Independentemente das leituras políticas que se possam fazer da situação - e várias têm aparecido nos últimos dias, na imprensa, na blogosfera e, não podemos ignorá-lo, pela vox populi - a situação desperta-me maior atenção do ponto de vista da gestão da Organização que é a Câmara Municipal.
Começo por dizer que, na minha opinião, na Gestão das Organizações um dos maiores desafios que se coloca ao gestor é a formação de equipas que funcionem como tal. Trata-se de compatibilizar e mobilizar para um fim comum, gente com diferentes perspectivas, finalidades, matrizes de valores, etc. Concordo em absoluto que a diversidade é uma das maiores riquezas das organizações, mas quando se trata de compatibilizar tantos aspectos, a tarefa pode ser complexa. Quando se alcança um situação equilibrada e a equipa é estabilizada, é altura de pedir resultados e de "colher" o mais possível dessa equipa.
Assim, não posso deixar de estranhar que, ao fim de quase 4 anos na mesma equipa, venha agora a público a existência desta situação, que para mim configura uma ruptura, sem que ninguém se sinta obrigado a dar aos cidadãos uma explicação. Nem os visados, nem o Gestor da equipa de que falo - o executivo camarário - que até prova em contrário é o Sr. Presidente da Câmara.
Com a importância que o Município tem na Guarda, preocupa-me se este não estiver a ser eficazmente gerido. E não tenho dúvida de que, se a equipa de gestão não funciona enquanto tal, não pode haver boa gestão, porque, se me permitem a metáfora, os remadores não estão todos a remar para o mesmo lado.
Legitimamente, podemos questionar-nos se a equipa continua a fazer sentido. Ou até se alguma vez o fez...
É preocupante que ninguém se sinta na obrigação de dar uma palavra sobre o que se passa. Ou sou só eu que acho isto estranho?
É preocupante que ninguém se sinta na obrigação de dar uma palavra sobre o que se passa. Ou sou só eu que acho isto estranho?
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