segunda-feira, 25 de maio de 2009

A escola



Podia ter-se criado um corredor de acesso. Podia ter-se colocado sinalização na obra. Podia ter-se feito a obra de forma a não abrir e fechar valas à porta da escola dia-sim dia-não. Podia ter-se planeado a obra para as férias escolares, que não tardam um mês a chegar. Mas não!



Optou-se por fazer à antiga: faz-se já, de qualquer maneira, e logo se vê. E está à vista: rua rasgada, à porta da escola, e os miúdos a passarem entre o reboque do tractor e o braço da escavadora para acederem ao portão da escola.
Isto num dia seco; na semana passada foi muito mais divertido porque além de tudo isto havia a lama.
Claro que as obras são necessárias e causam sempre incómodos. Claro que não vamos cair em exageros super-protectores em relação às crianças.
Mas que diabo: se eu para fazer uma obra numa rua onde passa uma pessoa a cada 2 horas (porque se trata de uma rua sem saída, de construção relativamente recente) tive de colocar vedações, sinalizações e um Plano de Segurança, também exijo que se faça mais num caso destes! No mínimo, criar um corredor de acesso devidamente sinalizado e protegido para os miúdos chegarem com as mínimas condições de segurança - e já agora higiene - ao portão da escola. E não sou o único, que hoje de manhã lá estavam outros pais queixando-se deste espectáculo degradante que por ali se instalou e promete ficar...

Crónica Diária - Rádio Altitude


Quem me conhece sabe que não sou pessimista. Pelo contrário, sou optimista por natureza. Mas ser optimista não é o mesmo que ser inconsciente; nem o mesmo que "enterrar a cabeça na areia"... Sou um optimista consciente das dificuldades que se avizinham; são muitas, vão durar muito tempo. Mas não tenho dúvidas que as vamos ultrapassar e sair da actual crise mais fortes! A este propósito, na quarta-feira da semana passada na Rádio Altitude foi assim:


"Sobre a crise, que começou por ser financeira e agora se estende a praticamente todos os sectores de actividade económica, já se disse quase tudo o que há a dizer. Já se dissecaram as causas, já se discutiram os previsíveis efeitos, já foram apontadas as receitas para se lhe escapar ou mesmo apenas sobreviver.
Esta crise afecta de forma diferente diferentes classes profissionais: as ameaças não são iguais para empresários e empregados por conta de outrém, para trabalhadores qualificados ou indiferenciados. Por outro lado, tem/terá também diferentes implicações de acordo com o nível salarial de cada um de nós. Tudo isto foi dito, repisado, desmontado até à exaustão em rádios, jornais, canais de televisão e restantes canais de media, em excepcionalmente longos jornais, reportagens ou debates.
Há no entanto um aspecto da crise de que tenho ouvido falar pouco e que cada vez mais me preocupa: o período após o fim ou, utilizando a gíria marítima, a ressaca.
Se é certo que existirão ajustamentos – metáfora dos economistas para falências, desemprego e consequente redistribuição dos inúmeros recursos nos mercados – de que forma podemos esperar que nos venham ter às mãos os efeitos desses ajustamentos?
Por outro lado, penso que ninguém terá a ilusão de que, mais cedo ou mais tarde, não teremos de começar a pagar os milhões das medidas anti-crise que têm sido anunciadas e que se destinam a minorar os seus efeitos mais nefastos, numa óptica de solidariedade social…
Vejamos: Potugal tem tido, nos últimos anos – quase 10 – um crescimento abaixo da média dos países da Comunidade; tem sido, no clube europeu, um crónico incumpridor em matéria de défice das contas públicas e endividamento externo. Um caso claro de um País que tem vivido acima das suas reais possibilidades, comprometendon desta forma o seu futuro. E isto quando tudo estava bem! Independentemente da côr política dos governantes, que iam alegremente assobiando para o lado.
Basta pensarmos que se a este estado de coisas juntarmos o esforço que vai ser feito com os tais pacotes de medidas anti-crise, para famílias e empresas, tudo a crédito como habitualmente, no final vamos ficar com uma bela conta por pagar. E a cereja no cimo do bolo é que, basta olharmos para o estado actual das taxas de juro que percebermos que elas, mais cedo ou mais tarde, só poderão evoluir num único sentido…
A conta será grande e provavelmente muitos de nós não viverão o suficiente para a ver saldada, ficando a incerteza sobre se o País que construímos e deixaremos aos nossos filhos lhes compensará aquilo que terão de pagar por ele…
Que a crise acabará lá para finais de 2010 – princípios de 2011 é o menos, como costuma dizer-se; os nossos problemas não acabarão certamente aí e os avisos só ainda não foram mais claros, em minha opinião, por estarmos em ano de múltiplas eleições e ninguém – do país político – desejar agora dar azo à veia pessimista do povo.Por mim, não tenho dúvida que vamos ter pela frente anos – e não serão 2 nem 3 – muito exigentes, em que a nossa capacidade de resistência vai ser posta à prova e em que socialmente muitos focos de conflito acabarão por se tornar explosivos. Se é certo que, como dizem os macro-economistas, depois da crise teremos necessariamente uma nova ordem mundial, temos de estar preparados para uma travessia no deserto e para encararmos o mundo e a nossa forma de nele viver de uma maneira diferente, que ainda por cima ninguém sabe muito bem explicar-nos qual é. Mas sabemos que as travessias no deserto são tanto menos difíceis quanto mais cedo se iniciarem os preparativos para a jornada. E esta vais concerteza ser longa…"

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Debate



Só há dias tive oportunidade de ouvir o debate entre os Presidentes das Comissões Concelhias do PS e do PSD.


Do que ouvi, achei o debate pouco interessante, demasiado morno... Foi essencialmente um debate político, em que se falou muito do passado e pouco do futuro, que é o que a mim me interessa, já que sobre o passado nada há a fazer excepto talvez manter o bom e aprender com o mau.


Mas houve uma coisa que foi dita que me soou a enormidade: referiu Virgílio Bento que, com o empréstimo do Ministério das Finanças para restruturação da dívida da autarquia, transformando dívida de curto prazo em dívida de médio/longo prazo, se iria "injectar" dinheiro na economia local e, dessa forma, dinamizar o meio empresarial. Ora dizer uma coisa destas é brincar com os empresários a quem a Câmara deve dinheiro por fornecimentos, nalguns casos há vários anos! Ou seja, dívidas que deveriam ser pagas no máximo 30 dias após o fornecimento e que se mantêm por pagar há imenso tempo. Obrigando desta forma os fornecedores a sustentar a falta de rigor de gestão da Autarquia.


Eu até percebo que os empresários não queiram fazer grande eco desta questão: a Câmara é um grande consumidor, com um peso relativo muito elevado no mercado local, e poucas empresas estão em posição de abdicar de ser fornecedoras de uma entidade com tanto peso. Já não compreendo que o líder da Concelhia do PSD deixa passar esta questão em branco...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Alameda




Agora que a dignidade foi devolvida à Alameda de Santo André - um espaço belíssimo que não merece os maus-tratos a que tem sido sujeita - para quando poderemos contar com a remoção da "barraca" que serviu de bilheteira para a pista de gelo?


É que manter aquele mamarracho num espaço público é um atentado ao Património...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Títulos...


Portugal é, a muitos títulos, um País singular.

Uma dessas singularidades reside no uso intensivo (e ostensivo) dos títulos, nalguns casos académicos, noutros meramente reverenciais, mas sempre caindo no "Doutor" ou "Engenheiro".

E quantos de nós não conhecem pelo menos meia-dúzia de "doutores" que nunca concluíram qualquer curso superior? Alguns até que nunca puseram os pés numa Universidade?

Lembrei-me desta questão a propósito de umas breves palavras de Guadalupe Simões, do Sindicato de Enfermeiros, que ouvi hoje na TSF a propósito da greve que hoje decorreu. A páginas tantas, a Sra. enumerou os motivos pelos quais os Enfermeiros estão em luta, um dos quais é qualquer coisa como "ser reconhecido na remuneração que os enfermeiros são hoje licenciados e não bacharéis".

Esta (para mim) surpreendente declaração caiu como pedrada num charco. Bem sei que ainda há por aí muito quem tenha este tipo de mentalidade; mas não esperava que uma dirigente nacional desse eco a este tipo de argumento.

A profissão de enfermeiro - como muitas outras, mesmo no sector da saúde - evoluiu imenso ao longo dos últimos anos. Qualquer um de nós reconhecerá que temos hoje na enfermagem pessoal muito mais competente e especializado que há 20 ou 30 anos; mas isso é o caminho natural, de maior exigência e capacidade de formação que um pouco por todo o País e num grande número de profissões tem vindo a ser feito!

Agora no essencial, parece-me que um enfermeiro hoje tem funções semelhantes - e não digo iguais porque todas as profissões evoluem - às do enfermeiro de há alguns anos atrás; o que tem é formação para as desempenhar de forma mais eficiente, informada e consciente. O que é bom para os utentes, mas é bom também para os próprios profissionais. Achar que o facto de o nível médio de formação destes profissionais ter subido nos últimos anos é por si só motivo suficiente para progressão na carreira ou aumento de retribuição deita por terra todo o conceito de meritocracia. Além do que, tratando-se de uma classe profissional maioritariamente ao serviço do Estado, abriria um grave precedente noutras carreiras técnicas, onde o grau de qualificação também subiu. E este subiu em quase todas as profissões; basta pensarmos que ainda não há muitos anos, a escolaridade obrigatória era até ao 6º ano, actualmente é até ao 9º e já se fala de a aumentar até ao 12º...

Já pensaram o que sucederá no sector imobiliário quando os pedreiros fizerem grave reinvindicando aumento de retribuição porque são hoje mais qualificados do que os seus pares de há 10 ou 15 anos atrás? É que o facto de dominarem o teorema de Pitágoras facilita-lhes imenso os cálculos das esquadrias...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Valhelhas - Bandeira Azul


Foi com gosto que soube há dias que a Praia Fluvial de Valhelhas foi distinguida com a conhecida bandeira azul. Esta distinção segue-se a uma boa classificação obtida há cerca de 1 mês numa análise da DECO. Ambas são garantias, para todos os que visitam Valhelhas, de que podem contar com um espaço com todas as comodidades e condições para um dia bem passado naquela Praia Fluvial, aqui mesmo às portas da Guarda.

Tenho raízes em Valhelhas e desde muito novo me habituei às tardes de Verão passadas no Rio, em pic-nics com a família - no tempo em que as famílias faziam pic-nics - ou simplesmente para um refrescante e revigorante mergulho. Assisti pois ao nascimento e evolução daquilo que é hoje a Praia Fluvial: primeiro um local onde se ia no Verão, pelo meio dos milheirais, dar um mergulho; depois, o voluntarista Sr. João Pais, empresário com máquinas de carga e movimentação de terras, durante alguns anos no início do Verão lá fazia uma pequena parede de pedras que retinham alguma água, formando assim uma albufeira que se começava a assemelhar com a estrutura que hoje vemos; mais tarde, a Junta de Freguesia construiu o Parque de Merendas e institucionalizou-se aquela parede de pedras todos os Verões; com o Parque de Campismo e a evolução dos tempos, chegámos à estrutura de betão que hoje existe. E a coisa não vai ficar por aqui. O Presidente da Junta, Paulo Carvalho - que conheço e que é um Homem empreendedor, como de resto é visível no seu percurso profissional - tem planos para a melhoria do espaço, para poder dar mais a todos os que visitam Valhelhas.
Nos próximos anos, Valhelhas deverá assim receber avultados investimentos na estrutura de apoio ao turismo que hoje tem, que espero que sejam um sucesso e dinamizem aquela pequena aldeia perdida no coração da Estrela, mas de uma grande beleza.
Confesso que gosto mais de Valhelhas nesta altura do ano: no início da Primavera, com pouca gente, com muita calma... Experimentem ir por lá um dia destes, almoçar no Restaurante "Vallecula" do inefável Luís Castro ou no "Soadro do Zêzere" do dinâmico e empreendedor Paulo Carvalho; em qualquer dos dois, poderão provar os sabores antigos em receitas absolutamente originais. Depois, para ajudar à digestão, nada melhor que um passeio no espaço da Praia Fluvial, ouvindo o cantar da água e o trinado dos pássaros.
Num quadro destes, qualquer um de nós vem de lá a sentir-se melhor pessoa!

domingo, 10 de maio de 2009

Outra Crónica Diária - Rádio Altitude


Esta foi a crónica que passou na rádio a 29 de Abril; dada a data, o tema era praticamente incontornável e tem a minha visão muito particular sobre as celebrações que, ano após ano, nos é dado assistir. Foi assim:


No fim-de-semana passado celebrou-se mais um aniversário sobre a data em que uma coluna militar saiu das Caldas da Rainha em direcção a Lisboa, acção que culminou com a rendição de Marcelo Caetano – à data Presidente do Conselho de Ministros – e a entrega do poder aos Militares. Nesse dia 25 de Abril de 1974 terminou o Estado Novo, o período mais negro e degradante da nossa história recente enquanto Nação.
Nos últimos anos, a celebração desta data tem sido mais ou menos repetitiva, com as cerimónias solenes na Assembleia da República a darem azo, uns dias antes, a todo tipo de especulações sobre o que os vários intervenientes dirão, e nos dias que se seguem, às análises do que se disse, o seu significado, o que se queria dizer e o que se deveria ter dito. E com isto, um cada vez maior número de cidadãos vai-se alheando destas comemorações, ao ponto de parecer uma reunião de amigos, os do costume - em Belém e não uma data em que todos devemos lembrar o significado daquele dia que tanto contribuiu para mudar Portugal e o seu impacto nas nossas vidas, mesmo hoje passados que são 35 anos.
O Portugal de então – magnificamente retratado por António Barreto numa série de programas produzidos para a RTP – está hoje distante e certamente não deixou saudades a ninguém, excepto talvez a meia-dúzia de medíocres…
Mas ainda hoje subsiste a ideia de que, com o 25 de Abril e a instauração do regime democrático que se lhe seguiu, todos ganhámos muitos direitos e nenhuns deveres. E esta é uma ideia perigosa, que está a afastar cada vez mais as pessoas da própria Democracia.
Porque em Democracia, o poder é das pessoas, no pressuposto de que estas cumpram com as suas obrigações de cidadania. E que manifestem as suas opiniões, anseios, mas também as suas críticas nos locais próprios. E não é isso que se verifica. O que se verifica é que é crescente o nível de abstenção nas diversas eleições a que somos convocados para votar; é que num Universo de mais de 800 Pais apenas apareçam na Assembleia Geral da respectiva Associação 20 ou 30; ou que Assembleias Gerais de Associações sem fins lucrativos estejam sistematicamente desertas – à excepção de uns quantos que, por carolice, lá vão mantendo a coisa em funcionamento. Claro que tudo isto acontece quando tudo está bem; porque quando há problemas, lá estão os envolvidos a clamar por que o Governo os ajude, a Associação defenda os seus direitos e que os eleitos cumpram com a sua obrigação e trabalhem em prol de todos os associados. Como se pertencer a uma Sociedade ou Associação apenas confira direitos e não deveres; como se só alguns tenham obrigações, enquanto os restantes apenas gozam de direitos; como se pertencer a uma Associação seja uma espécie de seguro que accionamos quando temos um sinistro…
Como muito bem referiu Ramalho Eanes na semana passada, a verdade é que temos o País que merecemos; aquele para que contribuímos. Não vale a pena culpar apenas os outros; a culpa é de todos. Só quando todos nos dispusermos a dar alguma do nosso tempo a favor do bem comum, a cumprirmos com a nossa parte na vivência de um regime democrático, teremos a legitimidade moral de exigir dos outros. Até lá, somos uma espécie de parasitas da Democracia, que em nada contribuem para a tornar mais forte.


sexta-feira, 8 de maio de 2009

Crónica Diária - Rádio Altitude


Esta já tem mesmo muito tempo! Mas no último mês, o tempo tem sido muito pouco para os pequenos prazeres da vida.

Por outro lado, tem havido alguns problemas com o arquivo de podcasts da Radio Altitude, pelo que nem todas as crónicas diárias estão disponíveis naquele suporte.

De qualquer forma, aqui fica a crónica que passou em 8 de Abril:



Entre amigos, costumo dizer que este é um tempo fantástico para se viver, no sentido em que vemos o mundo evoluir perante nós e sentimo-nos parte dessa mudança. A evolução é tal que, se olharmos 5 anos para trás, vemos o quão diferente o mundo é hoje, nos seus múltiplos domínios…
Uma das dimensões que mais me fascina é a evolução tecnológica: quase todos os dias me espanto com o que a arte e engenho de alguns nos permitem. A título de exemplo, é hoje mais complexa, tecnologicamente, a chave de um automóvel, que o automóvel inteiro há uns meros 20 ou 30 anos atrás!
Esta evolução - ou revolução, se quisermos – tecnológica tem porém um efeito perverso: por vezes, facilita-nos tanto a vida, substitui a nossa intervenção de tal ordem, que nos esquecemos do nosso papel, de que não podemos abdicar.
Um bom exemplo do que acabo de referir é o que se passa com a segurança nos establecimentos de ensino, com maior relevância em creches e jardins de infância. Em muitos casos têm sido instalados modernos sistemas de detecção de incêndio e alarme. Que vêm complementar os obrigatórios extintores. Portanto, a parte tecnológica da questão está tratada: os equipamentos estão montados e presumo que testados e a funcionar. Então e o resto? Nos casos que conheço, não existe pura e simplesmente qualquer plano de emergência, na verdadeira acepção do termo. Não me refiro obviamente à clássica planta do edifício com as clássicas marcações da localização dos extintores e das saídas de emergência, para as quais se olhou o primeiro dia que lá foram colocadas por mera curiosidade. Falo sim de um Plano que defina as competências das várias pessoas em caso de ser declarada uma emergência. Por isso referi que as creches e os jardins de infância são os que mais me preocupam: porque os seus utilizadores – crianças que nalguns casos nem caminham autonomamente – são extremamente vulneráveis numa situação de emergência.
Questões como a escolha do percurso para a saída, contagem de crianças, definição de responsáveis pela verificação dos locais que não são de permanência habitual – por exemplo as casas-de-banho – treinar as crianças para em caso de soar o alarme se dirigirem para a porta e aguardarem um responsável, entre outras, deveriam constar de um Plano de Emergência em cada establecimento de ensino e ser do conhecimento de todos os funcionários, de forma a que cada um conhecesse o seu papel, as suas responsabilidades.
A concepção deste tipo de planeamento deve ser feita naturalmente em colaboração com as entidades oficiais com competência em matéria de protecção civil, nomeadamente o gabinete de protecção civil municipal e a autoridade nacional de protecção civil. A sua implementação deve ser iniciada nos establecimentos de ensino com utilizadores mais novos e passar gradualmente aos restantes, por forma a cobrir toda a rede.
Este planeamento deveria ainda ser complementado, como indicam as boas práticas, com um calendário de simulacros onde se possam aferir os aspectos onde podem ser introduzidas correcções, como forma de possibilitar a melhoria contínua destes planos, que podem e devem ser instrumentos dinâmicos, que se adaptem à realidade em evolução, e não o mero cumprimento de uma obrigação que passado um ano ou dois mais ninguém se lembra que existe.
Já tive oportunidade de formular esta sugestão nalgumas reuniões de Pais, ao que foi respondido que embora importante, não era oportuno dar andamento à questão. Por isso me parece que manter a ideia em discussão pode ser útil, para despertar consciências. Ou, no limite, estamos perante mais um caso em que só se avançará quando for obrigatório este planeamento, como tantas vezes acontece? Espero que não seja o caso…

Mais logo deixo aqui a outra crónica entretanto difundida.