Ouvi hoje de manhã as palavras do Sr. Presidente do Conselho de Administração da ULS à TSF, a propósito do processo judicial que o opõe a 2 médicos do hospital de que é administrador.
Convém recordar que há cerca de 1 ano e meio, 2 médicos dirigiram ao 1º Ministro um abaixo assinado a propósito da Maternidade da Guarda.
A Administração decidiu então processá-los por terem usado papel timbrado da Instituição e lhe terem dado o tratamento que o restante correio oficial tem.
Questionado pela TSF, o Presidente do Conselho de Administração disse então que o assunto não era oficial da ULS, pelo que não poderiam ter usado papel timbrado nem incorrer na despesa com correio, porque os contribuintes não devem suportar este custo.
Ora, embora também ache que o assunto não deveria ter tido tratamento institucional - porque representa um exercício individual de cidadania, já que as suas funções no Hospital não se prendem com as questões que levantavam no abaixo-assinado e por outro lado uma instituição não apresenta abaixo-assinados ao 1º Ministro - acho que a questão pode ser vista no plano ético ou no plano moral; mas a última coisa que me passaria pela cabeça seria analisar a questão pelo plano económico. Mas pronto, admito que como administrador, as preocupações do Sr. Presidente do Conselho sejam outras... Aliás, a ser assim, nem deve conseguir dormir bem, já que a instituição que dirige apresentou em 2009 um resultado líquido de 4,4 milhões de Euros... que terão de ser cobertos por dinheiro dos contribuintes.
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