domingo, 18 de abril de 2010

Faz favor: quanto é?

Já procurei e não encontrei o preço. Mas gostava de saber quanto é. Como costumo dizer, o preço preocupa-me porque penso pagar.
Falo da vinda do Papa Bento XVI a Portugal: quanto vai custar isto tudo. É que a segurança, os cortejos, os incómdos no trânsito, etc., fazem parte do incómodo a que nos damos sempre que temos uma visita especial. E efectivamente, Bento XVI é uma visita especial: chefe de estado, representante da religião que (creio) tem o maior número de seguidores, nomeadamente em Portugal. Mas há coisas que me parecem excessivas: e uma delas são as tolerâncias de ponto concedidas pelo Governo aos funcionários públicos e outros agentes. Aceito mal que, sendo a nossa situação financeira tão grave, mais uma vez o poder político se ajoelhe perante a Igreja e, com o dinheiro de todos, se faça uma grande festa para alguns.
A Igreja tem, em Portugal e no mundo, um papel inequivocamente importante: no apoio aos desfavorecidos, mantendo a sua presença nos locais mais remotos, aqueles de que nos lembramos apenas quando é noticiada uma desgraça. É uma mão que apoio os mais carentes; em muitos casos, substitui-se mesmo ao Estado que, do alto da sua incompetência, ignora ostensivamente aqueles quenão têm voz, e não representam votos.
Mas apesar de tudo isto, acho que se foi longe demais, a factura será demasiado cara e este tipo de irresponsabilidade contraria aquilo que pratico no meu dia-a-dia: não comprar aquilo que não posso pagar...
Também eu serei um dos beneficiados da tal tolerância; ainda não sei que tipo de protesto farei contra uma benesse que francamente não acho que se justifique. Aceitam-se ideias...

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