A primeira vez que ouvi falar do projecto - há uns 2 ou 3 anos, na altura ainda sem nome - fiquei muito, mas muito reticente. Primeiro porque achava, e continuo a achar, que o transporte rodoviário de mercadorias tal como hoje o conhecemos é insustentável: exerce uma grande pressão sobre o tráfego rodoviário, é ineficiente do ponto de vista dos recursos consumidos e, mais importante, só é possível num contexto de combustíveis baratos como o que (ainda) vivemos actualmente mas que começa já a dar alguns sinais de poder vir a alterar-se a médio prazo. E em segundo porque o projecto aparecia como fruto de uma estratégia de pull (com o Nerga a procurar trazer empresas para o projecto), quando a experiência me diz que raramente este tipo de projectos conhece grande sucesso, ao invés de estratégias de push, em que são as empresas a detectar a oportunidade no mercado e a conjugar esforços para a capitalizar a seu favor.
Entretanto, o projecto foi sendo desenvolvido e esta semana, através do jornal O Interior, fiquei a saber mais alguns pormenores sobre ele.
E o que li contrariou a minha opinião inicial, deixando-me até optimista em relação a ele! Afinal, o projecto conseguiu ganhar dimensão para se tornar um player com peso no mercado, ao reunir 25 empresas do sector, 18 das quais da Guarda, com um volume de negócios estimado no primeiro ano de 60 milhões de Euros. Pese embora estejamos a falar de um sector com um Valor Acrescentado Bruto relativamente reduzido, ainda assim o impacto de um projecto destes ao nível do da criação de valor e emprego é evidentemente importante para a região; além do que, uma empresa desta dimensão terá uma visão privilegiada da envolvente e estará mais preparada para evoluir o seu modelo de negócio, tendo em atenção as Ameaças que indiquei no início, do que a generalidade das pequenas transportadoras. E esta questão leva-me a comentar o outro grande mérito conseguido para o projecto: a sua gestão. Pondo de parte a lógica que costuma prevalecer em projectos baseados em estratégias de pull, de tentativa de controlo e manutanção do poder por parte dos líderes do projecto, no GuardaLink a gestão vai ser independente dos accionistas, com um Conselho de Administração verdadeiramente profissional, que naturalmente executará a estratégia dos accionistas e que a estes terá de prestar contas! Este foi o caminho que sempre defendi para a PLIE. E considero que esta só não tem hoje mais investidores por causa do modelo de gestão que foi seguido.
Assim, parece-me que o GuardaLink tem boas condições para ser um projecto de sucesso - e sabemos que, mais do que nunca, a Guarda precisa de bons projectos empresariais como de pão para a boca - estando pois de parabéns o NERGA pela forma como conduziu o projecto, discretamente mas, ao que tudo indica, de forma eficaz.
Entretanto, o projecto foi sendo desenvolvido e esta semana, através do jornal O Interior, fiquei a saber mais alguns pormenores sobre ele.
E o que li contrariou a minha opinião inicial, deixando-me até optimista em relação a ele! Afinal, o projecto conseguiu ganhar dimensão para se tornar um player com peso no mercado, ao reunir 25 empresas do sector, 18 das quais da Guarda, com um volume de negócios estimado no primeiro ano de 60 milhões de Euros. Pese embora estejamos a falar de um sector com um Valor Acrescentado Bruto relativamente reduzido, ainda assim o impacto de um projecto destes ao nível do da criação de valor e emprego é evidentemente importante para a região; além do que, uma empresa desta dimensão terá uma visão privilegiada da envolvente e estará mais preparada para evoluir o seu modelo de negócio, tendo em atenção as Ameaças que indiquei no início, do que a generalidade das pequenas transportadoras. E esta questão leva-me a comentar o outro grande mérito conseguido para o projecto: a sua gestão. Pondo de parte a lógica que costuma prevalecer em projectos baseados em estratégias de pull, de tentativa de controlo e manutanção do poder por parte dos líderes do projecto, no GuardaLink a gestão vai ser independente dos accionistas, com um Conselho de Administração verdadeiramente profissional, que naturalmente executará a estratégia dos accionistas e que a estes terá de prestar contas! Este foi o caminho que sempre defendi para a PLIE. E considero que esta só não tem hoje mais investidores por causa do modelo de gestão que foi seguido.
Assim, parece-me que o GuardaLink tem boas condições para ser um projecto de sucesso - e sabemos que, mais do que nunca, a Guarda precisa de bons projectos empresariais como de pão para a boca - estando pois de parabéns o NERGA pela forma como conduziu o projecto, discretamente mas, ao que tudo indica, de forma eficaz.
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