sexta-feira, 8 de maio de 2009

Crónica Diária - Rádio Altitude


Esta já tem mesmo muito tempo! Mas no último mês, o tempo tem sido muito pouco para os pequenos prazeres da vida.

Por outro lado, tem havido alguns problemas com o arquivo de podcasts da Radio Altitude, pelo que nem todas as crónicas diárias estão disponíveis naquele suporte.

De qualquer forma, aqui fica a crónica que passou em 8 de Abril:



Entre amigos, costumo dizer que este é um tempo fantástico para se viver, no sentido em que vemos o mundo evoluir perante nós e sentimo-nos parte dessa mudança. A evolução é tal que, se olharmos 5 anos para trás, vemos o quão diferente o mundo é hoje, nos seus múltiplos domínios…
Uma das dimensões que mais me fascina é a evolução tecnológica: quase todos os dias me espanto com o que a arte e engenho de alguns nos permitem. A título de exemplo, é hoje mais complexa, tecnologicamente, a chave de um automóvel, que o automóvel inteiro há uns meros 20 ou 30 anos atrás!
Esta evolução - ou revolução, se quisermos – tecnológica tem porém um efeito perverso: por vezes, facilita-nos tanto a vida, substitui a nossa intervenção de tal ordem, que nos esquecemos do nosso papel, de que não podemos abdicar.
Um bom exemplo do que acabo de referir é o que se passa com a segurança nos establecimentos de ensino, com maior relevância em creches e jardins de infância. Em muitos casos têm sido instalados modernos sistemas de detecção de incêndio e alarme. Que vêm complementar os obrigatórios extintores. Portanto, a parte tecnológica da questão está tratada: os equipamentos estão montados e presumo que testados e a funcionar. Então e o resto? Nos casos que conheço, não existe pura e simplesmente qualquer plano de emergência, na verdadeira acepção do termo. Não me refiro obviamente à clássica planta do edifício com as clássicas marcações da localização dos extintores e das saídas de emergência, para as quais se olhou o primeiro dia que lá foram colocadas por mera curiosidade. Falo sim de um Plano que defina as competências das várias pessoas em caso de ser declarada uma emergência. Por isso referi que as creches e os jardins de infância são os que mais me preocupam: porque os seus utilizadores – crianças que nalguns casos nem caminham autonomamente – são extremamente vulneráveis numa situação de emergência.
Questões como a escolha do percurso para a saída, contagem de crianças, definição de responsáveis pela verificação dos locais que não são de permanência habitual – por exemplo as casas-de-banho – treinar as crianças para em caso de soar o alarme se dirigirem para a porta e aguardarem um responsável, entre outras, deveriam constar de um Plano de Emergência em cada establecimento de ensino e ser do conhecimento de todos os funcionários, de forma a que cada um conhecesse o seu papel, as suas responsabilidades.
A concepção deste tipo de planeamento deve ser feita naturalmente em colaboração com as entidades oficiais com competência em matéria de protecção civil, nomeadamente o gabinete de protecção civil municipal e a autoridade nacional de protecção civil. A sua implementação deve ser iniciada nos establecimentos de ensino com utilizadores mais novos e passar gradualmente aos restantes, por forma a cobrir toda a rede.
Este planeamento deveria ainda ser complementado, como indicam as boas práticas, com um calendário de simulacros onde se possam aferir os aspectos onde podem ser introduzidas correcções, como forma de possibilitar a melhoria contínua destes planos, que podem e devem ser instrumentos dinâmicos, que se adaptem à realidade em evolução, e não o mero cumprimento de uma obrigação que passado um ano ou dois mais ninguém se lembra que existe.
Já tive oportunidade de formular esta sugestão nalgumas reuniões de Pais, ao que foi respondido que embora importante, não era oportuno dar andamento à questão. Por isso me parece que manter a ideia em discussão pode ser útil, para despertar consciências. Ou, no limite, estamos perante mais um caso em que só se avançará quando for obrigatório este planeamento, como tantas vezes acontece? Espero que não seja o caso…

Mais logo deixo aqui a outra crónica entretanto difundida.

1 comentário:

Anónimo disse...

Este país só tem políticos corruptos, Directores e gestores de empresas públicas ladrões. Metem lá quem querem e agora pedem-nos que paguemos os seus ordenados!

Os funcionários do Estado são incompetentes, o povo que pague os seus salários e eles sem nada fazerem têm a vida feita. A maioria dos concursos públicos para recrutamento de pessoal é por cunhas por isso vamos MUDAR PORTUGAL.

Vamos incendiar este país, colocar um travão nesta CORRUPÇÂO.

TODA A GENTE SABE que as câmaras municipais são geridas como empresas pessoais, vamos incendiar o bem público... Vamos por fogo nos ladrões!

Vamos combater com as mesmas armas dos ladrões: Sem dó nem piedade, REVOLTA já.