domingo, 11 de janeiro de 2009

Regresso à normalidade.

Aos sábados de manhã, salvo raras excepções, gosto de me levantar tarde, sair para comprar o jornal, tomar um café e comprar peixe fresco para o almoço. Ontem, quando me preparava mais uma vez para o fazer, hesitei; a minha rua coberta de neve, ninguém à vista, frio q.b. Mas logo me decidi: recuso-me a enfrentar este "nevão" com outra atitude que não seja a de normalidade! Não seria coerente defender que a Guarda é a "Cidade da Neve" em Portugal e depois correr a enfiar a cabeça debaixo da almofada cada vez que neva. Que é como quem diz sair a correr do emprego para ir para casa mais cedo por causa da neve e demais variantes.
Na Guarda neva! Sempre foi assim. É raro o ano em que tal não aconteça. Por quê então tamanha correria de cada vez que neva? Não é suposto enfrentarmos a neve com normalidade, tranquilidade?
Acho que o que mais contribui para o transtorno que a queda de neve sempre causa na Guarda é uma espécie de atitude de "negação" que adoptamos relativamente à neve; só assim se explica que mesmo no segundo ou terceiro dia após o início da queda de neve haja tantas senhoras nas ruas tropeçando, escorregando, com os seus belos sapatos ou as suas belas botas... de salto alto! Eu gosto de andar de sapatilhas; não acho é que seja um calçado adequado para se usar na neve! Com os carros é quase a mesma coisa; apesar de umas correntes de neve serem hoje relativamente acessíveis e se colocarem em 5 ou 10 minutos, é muitíssimo raro ver alguém com elas. Eu sei que nem sempre é possível usá-las, quando a neve é pouca; mas no nevão de sexta-feira passada, havia bastantes sítios onde poderiam ser usadas.
Não tenho a certeza sobre o que podemos fazer para mudar este modo de actuar; sei que me incomoda que pareçamos um bando de algarvios de cada vez que a neve cai na Guarda...

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