quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Crónica Diária - Rádio Altitude

No dia 24 de Fevereiro, assim falou...



Uma das características que tenho desenvolvido ao longo dos anos é o respeito pela Natureza. Obviamente, este é um tema a que sempre fui sensível, mas o meu estádio de consciência do peso que fazemos - todos - sobre o meio ambiente tem vindo a evoluir. Por isso me preocupo, nas minhas acções diárias, com este aspecto da nossa existência.
Por outro lado, uma característica que aprecio nas cidades, enquanto sistema de organização e partilha do espaço para viver em sociedade, é a atenção dada pelo gestores dos espaços públicos à integração de elementos naturais no espaço urbano: parques, jardins, ou simples árvores. Não há como não ficar impressionado com o cuidado que estas merecem e com o destaque que lhes é dado em cidades como Paris ou Barcelona, para citar algumas das minhas favoritas nesta matéria.
Por isso me custa tomar conhecimento sempre que uma árvore é cortada na Guarda, a minha cidade. Sei muito bem que a gestão do espaço urbano obriga a cuidados com a segurança que nem sempres são compatíveis com a manutenção destes elementos; mas não compreendo a atitude de quem corta uma árvore e não a substitui por outra! Que é o que aconteceu quando se cortou uma enorme árvore localizada junto à cerca do sanatório; e foi o que aconteceu, mais recentemente, com uma árvore localizada junto à rotunda que existe entre a entrada para o bairro dos Castelos Velhos e o Colégio de São José, nas traseiras de um quiosque.
Li na imprensa local que o Sr. Vice-Presidente referiu ter-se tratado de uma questão de segurança, uma vez que a árvore em causa era já muito velha e apresentava perigo para os edifícios vizinhos. E que nada tinha a ver com as obras que o quiosque localizado ao lado dessa árvore está actualmente a realizar.
A ter sido assim, porque não foi feito o abate da árvore e sua remoção por forma a poder substituir essa árvore por outra? Claro que o facto de passados poucos dias de a árvore ter sido abatida ter sido iniciada uma obra de requalificação (como lhe chamou o Sr. Vice-Presidente) do tal quiosque, requalificação essa que passa pelo alargamento, passando a ficar coberta a área onde outrora estava implantada a árvore é coincidência! De resto isso só prova a celeridade da Câmara na aprovação de projectos de obras, senão vejamos: o promotor vê que o espaço passou a estar disponível porque a árvore que lá estava foi retirada, apresenta um projecto que prevê a ocupação dessa área e passada nem uma semana tem o projecto aprovado e inicia a obra!
É minha opinião que este tipo de edificações devem ser progressivamente eliminadas: ocupa-se espaço público, com edificações, na maior parte das vezes sem qualquer valor arquitectónico, num tempo em que o aparelho comercial e de serviços dá já resposta às necessidades dos cidadãos sem ser necessário o recurso a estas estruturas, que têm como princípio serem precárias, mas que como todos sabemos, de precário nada têm. Concordo que existem direitos que têm de ser acautelados: o daqueles que actualmente exploram esses espaços e que lá realizaram investimentos; mas daí a permitir que não só se mantenham como se alarguem, vai um passo... em direcção ao desastre! Como o que aconteceu com um famoso restaurante da Guarda, cuja sala de refeições se alargou para o passeio público, no qual não é hoje possível passar com um carrinho de bebé ou com uma cadeira de rodas... e isto numa das principais artérias da cidade! Antes lá tivessem plantado uma árvore: mereceriam sem dúvida muito mais respeito daqueles que, como eu, preferem o verde da vida ao cinzento do betão; e que entendem que uma cidade viva não é, com toda a certeza, um amontoado de tijolo, ferro e vidro...
A Câmara Municipal não é dona dos espaços públicos da cidade; é tão só sua guardiã. E isso faz com que seja da sua responsabilidade deixar, no final do mandato, uma cidade melhor que a que encontrou; se no geral, podemos considerar que é assim, neste particular já não se pode dizer o mesmo...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Notícia de última hora!


Na qualidade de seu ex-aluno, foi com muita alegria que tomei hoje conhecimento que Alves Ambrósio, professor da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, pretenso intelectual, especialista em design de farolins de VW, grande dinamizador da utilização de expressões latinas obsoletas, astrólogo sem diploma e sem qualquer dúvida o pior professor que conheci em quase 20 anos durante os quais estudei, se vai aposentar, a partir de Março.

Para aqueles que, como eu, acreditam que é bom demais para ser verdade, fica um link para a fonte: Diário da República.

Como isto merece celebração que se veja, hoje, excepcionalmente, antes de jantar brindarei ao facto com um cálice de Moscatel de Setúbal.
Foto retirada do site do jornal O Interior.

Diplomacia


Ouvia há pouco na rádio, as últimas sobre a crise politica que se está a gerar em torno do facto de Obama ter aceite receber em audiência o líder espiritual dos tibetanos, o Dalai Lama.

Pelos vistos, os líderes chineses - os mesmo que mantêm o seu poder e privilégios à custa da restrição da liberdade do seu povo, de o manter na miséria e na ignorância - acham que o mundo lhes deve continuar a dar cobertura, nos seus mandos e desmandos, no que de bem e mal fazem. No caso do Tibete, a China invadiu aquele território subjugando, pela força das armas, um povo pacífico, sem nunca se ter sentido na obrigação de se justificar perante o mundo. E agora acha que esse mesmo mundo deve contemplar, sem questionar, a sua obra que viola os mais elementares princípios do direito internacional, sem a pôr em causa.

Felizmente os Estados Unidos têm hoje como figura de prôa um homem com coluna vertebral, que pensa pela sua cabeça e não se limita a ser uma marioneta acéfala como outros o foram num passado recente.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Crónica Diária - Rádio Altitude


Pois parece que sou um dos repetentes nesta nova temporada...
Hoje de manhã foi assim:


A Rádio Altitude teve a gentileza de renovar o convite para contribuir para este espaço de opinião, em mais uma temporada que recentemente se iniciou.
Ao longo da anterior temporada, iniciada em Novembro de 2008 e terminada em Junho de 2009, se as contas não me falham, foram 11 a minhas crónicas diárias emitidas. Nesse período, foram vários os temas que abordei, uns directamente ligados à Guarda, outros nem tanto, mas sempre com a preocupação de reflectir a opinião de alguém que cá mora e ama a sua cidade, que quer vê-la desenvolver-se, ser maior, não só em tamanho, mas também naquilo que oferece a quem a habita e a quem a visita.
Este breve resumo serve assim um propósito que ainda não tinha tido a hipótese de ver atingido, e que é o de fazer um balanço das crónicas anteriores. Porque acho que há momentos para falar e agir, outros para reflectir sobre o que se disse e fez. E estes são indispensáveis para melhor percebermos o que fazemos bem e onde podemos melhorar.
Assim, 5 das minhas crónicas passadas foram sobre problemas que vejo da nossa cidade, sobre projectos em curso e outros que desejaria que o estivessem. O caso do Parque Industrial, a que dediquei a minha primeira crónica aqui na RA, não conheceu qualquer desenvolvimento: tudo o que dele disse em Novembro de 2008 se mantém exactamente na mesma passado mais de um ano: os mesmos passeios degradados e cheios de carros, quando não é de mercadorias, o mesmo mato por cortar, o mesmo pavimento esburacado, o mesmo trânsito absolutamente anárquico. Naquela altura falava-se de uma candidatura de um projecto de requalificação ao QREN que, ao que sabemos, até hoje não viu a luz do dia. Aqui mesmo às portas da cidade, o Parque Industrial é uma ferida que cada vez mais se destaca na paisagem urbana; até quando…?
O Hospital, esse teve melhor sorte: a obra arrancou definitivamente em 2009 e, de acordo com as últimas informações tornadas públicas, decorre a bom ritmo.
A incerteza sobre a Delphi é outro dos casos que preocupa os guardenses e cada vez é menor a esperança de que venha a ter um desfecho favorável… A PLIE começou já a servir o fim para que foi criada; ainda só tem uma empresa instalada, mas com boas perspectivas de crescimento e, tenhamos esperança, mais virão. Já a tantas vezes prometida incubadora – um equipamento que tanta falta faz numa cidade com baixíssima densidade empresarial como a nossa – continua adiada sine die. Para quando o apoio aos empreendedores que se querem fixar na Guarda? Aos alunos do IPG que aqui desejam iniciar os seus próprios negócios? Aos empresários que têm ideias inovadoras, de risco elevado, e que precisam de partilhar com outras entidades a bem da economia do Distrito?
Mencionei ainda alguns equipamentos de relativamente reduzida dimensão; um deles foi uma rampa para skates e patins, em Janeiro de 2009. Entretanto, tive conhecimento de um movimento de cidadãos com vista à criação na Guarda de um bike-park, um equipamento muito semelhante, porventura mais funcional. Reitero os argumentos que então invoquei: tem um baixo custo de construção, promove estilos de vida saudáveis, resolve alguns problemas que temos na cidade e é compatível com a requalificação de um qualquer espaço urbano: um jardim, um parque, etc. Espero que brevemente seja uma realidade.
Um ano é muito pouco tempo no desenvolvimento de uma cidade; mas é importante que os cidadãos sintam que não é tempo perdido, que há ideias e projectos enquadrados numa estratégia de desenvolvimento sustentável, compatível com aquilo que a distingue de outras. É o que eu desejo para a Guarda em mais um ano que se iniciou.
Termino, aproveitando para desejar a todo o auditório da RA um ano pleno de realizações na nossa cidade.
Foto retirada de www.novaguarda.pt

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Internet Segura


Comemora-se hoje o Dia Europeu da Internet Segura. É um tema que preocupa todos os que utilizam regularmente a Internet e as suas funcionalidades, a uns mais que a outros.

No meu caso, é enquanto Pai que o tema se me afigura mais sensível.

Considero-me um cidadão informado sobre os perigos da Internet, pelo menos o suficiente para distinguir precauções básicas de falsos alarmismos. No caso do meu filho, tento acompanhar a sua actividade na rede e alertá-lo para os perigos que daí podem advir, explicando-lhe claramente o que está em causa. E, na dúvida, estou sempre disponível para o acompanhar nas suas incursões.

Mas como nestas coisas da segurança, a informação nunca é demais, recomendo a todos os que lêm este blog a acção de sensibilização sobre Segurança na Internet que hoje, pelas 21:00 terá lugar na Escola de Santa Clara (antigo Ciclo Preparatório), destinado a Pais e Educadores, entre outros. Eu não vou poder ir, pois esta semana será de trabalho intenso. Mas se puderem, apareçam!
PS: podem encontrar alguma informação sobre o tema aqui.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Equitação



Na semana passada lembro-me de ter lido uma referência ao facto de uma Escola do Teixoso ser a única, por estas bandas, a disponibilizar aulas de equitação aos alunos no âmbito do desporto escolar. E como é um desporto de que gosto muito, a notícia tocou-me...


Lembro-me que há uns 3 anos atrás, Almeida também disponibilizava aulas de equitação, no Picadeiro D'El Rey, aos alunos das escolas locais. Não sei se ainda as mantém...

A equitação, além da tradição, é também uma modalidade com diversas indicações terapêuticas, pelo que poderia muito bem fazer parte dos currículos nas escolas da Guarda. Até já por cá existem equipamentos que poderiam ser utilizados, embora este não seja o principal custo a ter em conta. Mas acharia muito interessante que a Guarda fosse (re)conhecida por ensinar a montar todos os seus alunos. É destas apostas diferenciadoras, que traduzem aquilo que vulgarmente chamamos "qualidade de vida" que precisamos, para captar e fixar população; mais do que políticas avulso com base em subsídios que não dão qualquer retorno.