quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Crónica Diária - Rádio Altitude


Pois parece que sou um dos repetentes nesta nova temporada...
Hoje de manhã foi assim:


A Rádio Altitude teve a gentileza de renovar o convite para contribuir para este espaço de opinião, em mais uma temporada que recentemente se iniciou.
Ao longo da anterior temporada, iniciada em Novembro de 2008 e terminada em Junho de 2009, se as contas não me falham, foram 11 a minhas crónicas diárias emitidas. Nesse período, foram vários os temas que abordei, uns directamente ligados à Guarda, outros nem tanto, mas sempre com a preocupação de reflectir a opinião de alguém que cá mora e ama a sua cidade, que quer vê-la desenvolver-se, ser maior, não só em tamanho, mas também naquilo que oferece a quem a habita e a quem a visita.
Este breve resumo serve assim um propósito que ainda não tinha tido a hipótese de ver atingido, e que é o de fazer um balanço das crónicas anteriores. Porque acho que há momentos para falar e agir, outros para reflectir sobre o que se disse e fez. E estes são indispensáveis para melhor percebermos o que fazemos bem e onde podemos melhorar.
Assim, 5 das minhas crónicas passadas foram sobre problemas que vejo da nossa cidade, sobre projectos em curso e outros que desejaria que o estivessem. O caso do Parque Industrial, a que dediquei a minha primeira crónica aqui na RA, não conheceu qualquer desenvolvimento: tudo o que dele disse em Novembro de 2008 se mantém exactamente na mesma passado mais de um ano: os mesmos passeios degradados e cheios de carros, quando não é de mercadorias, o mesmo mato por cortar, o mesmo pavimento esburacado, o mesmo trânsito absolutamente anárquico. Naquela altura falava-se de uma candidatura de um projecto de requalificação ao QREN que, ao que sabemos, até hoje não viu a luz do dia. Aqui mesmo às portas da cidade, o Parque Industrial é uma ferida que cada vez mais se destaca na paisagem urbana; até quando…?
O Hospital, esse teve melhor sorte: a obra arrancou definitivamente em 2009 e, de acordo com as últimas informações tornadas públicas, decorre a bom ritmo.
A incerteza sobre a Delphi é outro dos casos que preocupa os guardenses e cada vez é menor a esperança de que venha a ter um desfecho favorável… A PLIE começou já a servir o fim para que foi criada; ainda só tem uma empresa instalada, mas com boas perspectivas de crescimento e, tenhamos esperança, mais virão. Já a tantas vezes prometida incubadora – um equipamento que tanta falta faz numa cidade com baixíssima densidade empresarial como a nossa – continua adiada sine die. Para quando o apoio aos empreendedores que se querem fixar na Guarda? Aos alunos do IPG que aqui desejam iniciar os seus próprios negócios? Aos empresários que têm ideias inovadoras, de risco elevado, e que precisam de partilhar com outras entidades a bem da economia do Distrito?
Mencionei ainda alguns equipamentos de relativamente reduzida dimensão; um deles foi uma rampa para skates e patins, em Janeiro de 2009. Entretanto, tive conhecimento de um movimento de cidadãos com vista à criação na Guarda de um bike-park, um equipamento muito semelhante, porventura mais funcional. Reitero os argumentos que então invoquei: tem um baixo custo de construção, promove estilos de vida saudáveis, resolve alguns problemas que temos na cidade e é compatível com a requalificação de um qualquer espaço urbano: um jardim, um parque, etc. Espero que brevemente seja uma realidade.
Um ano é muito pouco tempo no desenvolvimento de uma cidade; mas é importante que os cidadãos sintam que não é tempo perdido, que há ideias e projectos enquadrados numa estratégia de desenvolvimento sustentável, compatível com aquilo que a distingue de outras. É o que eu desejo para a Guarda em mais um ano que se iniciou.
Termino, aproveitando para desejar a todo o auditório da RA um ano pleno de realizações na nossa cidade.
Foto retirada de www.novaguarda.pt

1 comentário:

Anónimo disse...

Para quando a cronica de Baía que o levou a ser processado, tenha a certeza que as audiencias iriam aumentar.