No Domingo passado assisti no TMG ao Guarda - Rádio Memória. Como no final não dei o tempo por mal empregue, deixo alguns comentários. Não pretendo assumir-me como crítico, como grande conhecedor; é uma apreciação individual, sem qualquer outro objectivo que não seja daqui por alguns anos poder eu próprio reler aquilo que me occoreu dizer sobre o assunto - como aliás a maioria das coisas que por aqui vou deixando... Todavia, se algum incauto leitor quiser completar, está à vontade.
Começo pelo que era prometido, que isto da gestão de expectativas dita muitas vezes o veredicto final: um grande espectáculo, com muita gente, muitas colectividades envolvidas, uma visita aos momentos e personagens mais marcantes da história da cidade. Neste particular penso que ninguém deve ter ficado indiferente à quantidade de gente envolvida, tendo-se cumprido as minhas expectativas. Imagino o trabalho que deve ter estado por trás da coordenação de tanta gente!
Relativamente ao espectáculo em si, gostei do palco, dos adereços, do estúdio. Devo dizer que aquele estúdio numas "águas furtadas" me fez lembrar, de outros tempos, a Rádio Cidade Oppidana... O "quadro" dos romanos resultou muito bem, pelas sequências em vídeo que foram sendo projectadas; a mensagem está lá, mas foi sendo passada de forma descontraída e bem-disposta. Gostei! O Teatro radiofónico, teve um início que me "prendeu" mas foi perdendo força ao longo do desenrolar; a partir do meio o texto ficou mesmo um pouco confuso; ou fui eu que me perdi...
Num dos momentos que se seguiu, confesso que me remexi na cadeira: foi quando entrou o rancho folclórico. Aqui, reconheço que o problema é meu: embirro com ranchos folclóricos. Não gosto. Irritam-me. Percebo que fazem parte das nossas tradições, acho muito bem que seja mantido (no que o Centro Cultural tem feito um bom trabalho), mas para eu ver, dispenso. Mas estava eu já a desanimar, quando acontece a fusão entre os sons típicos do folclore com Hip-Hop, o que resultou inesperado, por isso compensador. Para mim foi um dos grandes momentos de composição musical do espectáculo. No quadro de Alberto Dinis da Fonseca e D. Quixote, diálogos muito actuais, muito ao estilo "auto-estima-te". E o que eu dava para poder gritar publicamente a plenos pulmões, a alguns que mais não fazem que lamuriar-se sobre o que a Guarda não tem, o mesmo que Dinis da Fonseca gritou ao Quixote à laia de despedida... No final, a Guarda Maria/Guarda Mania foi apresentada de uma forma electrizante, envolvendo muito bem todo o público. Destaco a orquestra, fantástica, com uma secção de metais possante, uma percussão vibrante, que enchiam o teatro de uma forma que nenhuma gravação conseguiria encher! Os diversos intérpretes musicais que foram pontuando o espectáculo também foram muito bem conseguidos, recordando de músicas que estiveram presentes nas nossas vidas ao longo dos últimos anos. Menos bem conseguidos, na minha opinião, foram a alusão ao Pastor da Quinta da Taberna, que pertencendo ao universo local dos produtores de arte, durou demasiado tempo e quebrou muito o ritmo que vinha de trás, e a máquina Humana que, invocando o "Tempos Modernos" e associado ao grande marco de industrialização de Guarda, foi algo insípido. Embora estes comentários não abarquem exaustivamente todos os aspectos do espectáculo, aborda os que me marcaram mais. A título de conclusão, que fique claro que foram quase 2 horas e meia muitíssimo bem passadas e que recomendaria a qualquer pessoa que fosse assistir, não fora o facto de apenas poder ter assistido à última sessão.
Começo pelo que era prometido, que isto da gestão de expectativas dita muitas vezes o veredicto final: um grande espectáculo, com muita gente, muitas colectividades envolvidas, uma visita aos momentos e personagens mais marcantes da história da cidade. Neste particular penso que ninguém deve ter ficado indiferente à quantidade de gente envolvida, tendo-se cumprido as minhas expectativas. Imagino o trabalho que deve ter estado por trás da coordenação de tanta gente!
Relativamente ao espectáculo em si, gostei do palco, dos adereços, do estúdio. Devo dizer que aquele estúdio numas "águas furtadas" me fez lembrar, de outros tempos, a Rádio Cidade Oppidana... O "quadro" dos romanos resultou muito bem, pelas sequências em vídeo que foram sendo projectadas; a mensagem está lá, mas foi sendo passada de forma descontraída e bem-disposta. Gostei! O Teatro radiofónico, teve um início que me "prendeu" mas foi perdendo força ao longo do desenrolar; a partir do meio o texto ficou mesmo um pouco confuso; ou fui eu que me perdi...
Num dos momentos que se seguiu, confesso que me remexi na cadeira: foi quando entrou o rancho folclórico. Aqui, reconheço que o problema é meu: embirro com ranchos folclóricos. Não gosto. Irritam-me. Percebo que fazem parte das nossas tradições, acho muito bem que seja mantido (no que o Centro Cultural tem feito um bom trabalho), mas para eu ver, dispenso. Mas estava eu já a desanimar, quando acontece a fusão entre os sons típicos do folclore com Hip-Hop, o que resultou inesperado, por isso compensador. Para mim foi um dos grandes momentos de composição musical do espectáculo. No quadro de Alberto Dinis da Fonseca e D. Quixote, diálogos muito actuais, muito ao estilo "auto-estima-te". E o que eu dava para poder gritar publicamente a plenos pulmões, a alguns que mais não fazem que lamuriar-se sobre o que a Guarda não tem, o mesmo que Dinis da Fonseca gritou ao Quixote à laia de despedida... No final, a Guarda Maria/Guarda Mania foi apresentada de uma forma electrizante, envolvendo muito bem todo o público. Destaco a orquestra, fantástica, com uma secção de metais possante, uma percussão vibrante, que enchiam o teatro de uma forma que nenhuma gravação conseguiria encher! Os diversos intérpretes musicais que foram pontuando o espectáculo também foram muito bem conseguidos, recordando de músicas que estiveram presentes nas nossas vidas ao longo dos últimos anos. Menos bem conseguidos, na minha opinião, foram a alusão ao Pastor da Quinta da Taberna, que pertencendo ao universo local dos produtores de arte, durou demasiado tempo e quebrou muito o ritmo que vinha de trás, e a máquina Humana que, invocando o "Tempos Modernos" e associado ao grande marco de industrialização de Guarda, foi algo insípido. Embora estes comentários não abarquem exaustivamente todos os aspectos do espectáculo, aborda os que me marcaram mais. A título de conclusão, que fique claro que foram quase 2 horas e meia muitíssimo bem passadas e que recomendaria a qualquer pessoa que fosse assistir, não fora o facto de apenas poder ter assistido à última sessão.
1 comentário:
Muito obrigado pela sua opinião. Gostei muito de a conhecer. E só a crítica permite que melhoremos...
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