quinta-feira, 1 de julho de 2010

TMG, Vuvuzelas e Poder Local

De acordo com o que tem sido veiculado em diversos posts do blog Café Mondego e também no Capeia Arraiana, a recente moção apresentada pelo Presidente da Junta de Aldeia Viçosa na Assembleia Municipal, no sentido de ser feito um corte de 20% nas verbas atribuídas ao TMG ainda este ano, em nome da crise, não passou de uma atitude de vingança pessoal daquele edil contra o Director Artístico do TMG, Américo Rodrigues. O motivo da vendetta de Baltasar Lopes prende-se alegadamente com o boicote que planeou para um concerto que teve lugar na sua própria freguesia, no Domingo à noite, pela Fundação Trepadeira Azul, com quem mantém há algum tempo relações tensas com um historial recheado de queixas judiciais. E com o facto de Américo Rodrigues o ter confrontado com a vergonha que era boicotar uma iniciativa cultural de relevo na sua própria freguesia.
É pois importante que a situação seja clarificada a vários níveis:
- Baltasar Lopes deve explicações sobre o que verdadeiramente motivou a sua extemporânea proposta (que de resto teve de ser transformada em "recomendação" por ser uma ilegítima ingerência na gestão do município, que compete à Câmara;
- aqueles que votaram favoravelmente a Recomendação devem também clarificar se teriam votado da mesma forma se tivessem conhecimento dos factos que agora foram trazidos a público;
- em face das explicações que surgirem, é necessário que se averigue se o comportamento de Blatasar é ou não passível de censura política, para repôr a credibilidade da Assembleia Municipal.
Eu não quero saber dos arrufos de Baltasar com Rodrigues. Não me importo nada que toquem vuvuzelas um à porta do outro - não são pessoas que estão aqui em causa.
Preocupa-me que um projecto que demorou a implementar e a afirmar-se e que hoje é uma referência na região, que a mim particularmente me enche de orgulho ter na minha cidade - o TMG - seja envolto nesta lamentável novela. Que alguém use um cargo político para cilindrar um opositor passando por cima do interesse colectivo que é sua obrigação defender.
É que uma boa imagem pode demorar anos a construir e bastam alguns meses para a destruir completamente.
E estamos a falar de um Património que é de todos os guardenses.

7 comentários:

Anónimo disse...

Esse Baltasar representa o que de pior há na política portuguesa... lamentável tudo isto...

trepadeira disse...

Caro Rui

Os processos judiciais,abundantes,não são da autoria da Fundação Trepadeira Azul nem do seu instituidor.
Resultam de autos levantados,pelas autoridades competentes,por ilícitos praticados repetidamente,com abuso de poder e desrespeito pelas pessoas,pela lei,pelas autoridades e pela natureza.
Pretende-se é atribuir todas as fiscalizações a denúncias da fundação.
A fundação,ou o seu instituidor,quando fazem denúncias assinam-as e ,assim acontece com algumas (referentes a uma lixeira à porta de casa e da capela de Santo António,tão sómente).
Pretende o infractor desculpar-se tentando incriminar quem denunciou.
É o mundo visto ao contrário por quem confunde a lei e o interesse público consigo próprio.
mário

Unknown disse...

1 - Não será com toda a certeza o senhor Baltasar Lopes que vai deitar por terra a reputação do TMG. Porquê? Porque lhe falta nível e a lama não se tira das pessoas.

2 - Não me surpreende nada que a Assembleia Municipal dê credito a essa "recomendação". Afinal, os deputados desta andam tão entretidos em beliscar-se uns aos outros que esquecem (muito regularmente) o interesse maior da cidade em que vivemos. Comprove-se isto com a actual "novela" do Hotel Turismo.

3 - Porque raio um jogador da 1ªa liga vai estar preocupado com um treinador de bancada de um campeonato Distrital? Quero com isto dizer que o senhor Baltasar Lopes é já sobejamente conhecido pelas suas peripécias e diligências para impedir tudo o que não está do lado dele. Não será por acaso que a alcunha de (sem desrespeito para a religião) Fundamentalista Islâmico lhe assenta tão bem. Américo Rodrigues não devia sequer dar eco ás declarações de Baltasar Lopes, eventualmente acabará por ser prejudicado por lhe dar mais valor do que realmente tem.

Américo Rodrigues disse...

Caro Felizes:
Eu não dei "eco" às declarações de Baltasar. Contei o episódio das vuvuzelas, que foi testemunhado por diversas pessoas. O assunto morreria aí.
Acontece que, depois, houve o voto na Assembleia. E o caso aí muda de figura e não pode ser desprezado, dada a sua dimensão política.

Caro Rui Ribeiro:
Concordo com tudo o que disse mesmo com o facto das pessoas de Américo e Baltasar não terem nenhuma importância quando está em causa um equipamento como o TMG.
Repare, eu não tenho arrufos em relação à Baltasar. Não temos nenhum tipo de relacionamento pessoal.
Acontece que fui ver/ouvir um concerto que ele boicotava e decidi intervir. O resto já conhece.

Américo Rodrigues disse...

Caro Felizes:
Eu não dou importância a Baltasar. Contei, apenas, um episódio que vivi em Aldeia Viçosa.
No entanto, a partir do momento em que houve aquele voto na Assembleia, o caso mudou de figura, dada a importância política do mesmo.

Caro Rui Ribeiro:
Concordo inteiramente com o que diz. E, realmente, não têm importâncias as pessoas Baltasar e Américo quando está em causa um equipamento da envergadura do TMG.
Mas, repare, eu só apareço nesta história porque fui a um concerto!
O resto (a vingança, o oportunismo e o caciquismo) veio a seguir...
Não tenho nenhuma relação pessoal com Baltasar, pelo que não havia "arrufos". O que houve foi que ele boicotou um concerto onde eu estava e... eu reagi. Tão só!

Anónimo disse...

Gostei muito da seguinte opinião

http://guardapolitica.blogspot.com/2010/06/assembleia-recomenda-corte-orcamental.html mas discordo que os cortes não sejam superiores a 20%.

Anónimo disse...

Estes gajos do guardapolítica andam muito egocêntricos. Para terem leitores andam pelos blogues dos outros a promover as próprias opiniões? É preciso lata!
Para além de acontecer nos blogues de forma anónima também acontece nas redes sociais de forma descarada.
Por aqui se vê a forma de fazer política de alguns políticos e neste caso tanto do PS como PSD.