
Pensamentos, gostos e desgostos sobre a cidade onde nasci e escolhi morar. E outras coisas que por vezes me passam pela ideia...
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Consegui!!!

terça-feira, 25 de maio de 2010
O Hos-Pintal

Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, classificou como "parolice" as declarações de Santinho Pacheco, Governador Civil da Guarda a propósito do seu último sound-bite: a reclamação para a Covilhã de um, Hospital Central. A seguir, foi ainda mais longe, aconselhando-o a dedicar-se a elaborar relatórios sobre a segurança rodoviária e a não se preocupar com questões que, segundo Pinto, não são da sua competência. Pergunto-me onde foi Pinto buscar a suposta superioridade para classificar as atitudes de um representante do Governo da forma que o fez. Pergunto-me ainda onde raio foi buscar a ideia de ter competência para sugerir a localização de um hospital central. Obviamente, não o fez apoiado em estudos sérios sobre evolução demográfica, custos (económicos e sociais) do transporte de doentes para os hospitais centrais existentes, nem nada parecido. Fê-lo, à boa maneira a que habituou os covilhanenses (alguns), numa atitude caprichosa, no calor do momento, por vaidade pessoal. Ou seja, numa atitude que classifico de bairrista, no sentido de ser uma atitude vinculada a uma visão estreita do mundo que o rodeia, menosprezando ostensivamente tudo o que vem de fora. Claro que a Covilhã não tem nem terá nos próximos anos população que justifique um Hospital Central. Ele só faria sentido num quadro de área de influência alargada que incluísse nomeadamente o restante distrito de Castelo Branco e o da Guarda. Daí fazerem todo o sentido as palavras do Governador Civil. Mas Pinto, habituado que está a que ninguém lhe faça frente, não gostou e desatou a disparar em todas as direcções, esquecendo-se do respeito devido à figura institucional do Governador Civil pela figura institucional de Presidente da Câmara que é.
Pela minha parte, a atitude de Pinto, foi deselegante, mal-educada. Mas Pinto não é a Covilhã. E esta, se e quando quiser ter um hospital central, não o conseguirá sem o apoio nomeadamente da Guarda e dos guardenses. E para além do Governador Civil, não ouvi qualquer outro responsável político sobre o tema, o que é preocupante.
Tanto quanto a importância que um hipotético hospital central localizado nesta região teria na vida de todos nós e no desenvolvimento da região...
Parafraseando os Floyd: "Is there anybody out there...?"
terça-feira, 18 de maio de 2010
Fumódromo
domingo, 16 de maio de 2010
Um Piano para o Conservatório

Recentemente a Direcção do Conservatório conseguiu negociar com um fabricante a aquisição do instrumento em condições muito vantajosas. Assim, foi elaborado um puzzle, que está afixado junto à secretaria do Conservatório; cada peça do puzzle represente 1/100 do piano; e a ideia é conseguir vender as peças para desta forma original financiar a aquisição do Piano.
Entretanto, as receitas com a participação de professores em concursos e outros eventos têm revertido para esta causa, pelo que já há bastantes peças "vendidas". Também as receitas que se vierem obter nas actividades de final de ano lectivo terão o mesmo destino.
No próximo sábado, realizar-se-á um Concerto de Gala pelos professores do Conservatório para o mesmo fim. Se puder, vá apreciar alguns momentos de boa música com gente da Guarda, que cá trabalha e assim contribui para a tornar maior e melhor.
E com tanto esforço e tantas iniciativas, lembrei-me que também todos aqueles que se interessam pelas actividades do Conservatório - nomeadamente os Encarregados de Educação dos Alunos - podem participar nesta iniciativa. Claro que com cada peça do puzzle a custar 250 Euros, não há muita gente que esteja actualmente em condições de adquirir uma...
Mas podemos recorrer ao nosso espirito mutualista e adquirir em conjunto uma peça - ou mais - em nome dos alunos do ano 2009/2010; esse seria um legado destes alunos à sua Escola de Música! Se cada Pai puder dispôr de 10 Euros, são necessárias apenas 25 contribuições para se adquirir a peça; ou mesmo no caso de querer apenas contribuir com 5 Euros, ainda assim não deveria ser muito difícil conseguir o objectivo, se pensarmos que existem actualmente mais de 300 alunos a frequentar o Conservatório.
Contactei a Direcção do Conservatório e os dados estão lançados: a partir de segunda-feira, na secretaria do Conservatório, a D. Isabel terá uma folha onde serão anotadas as participações, até se atingir o objectivo. Se por algum infortúnio o objectivo não fôr atingido, o compromisso é devolver o dinheiro, pelo que deve também ser deixado um contacto (email ou telemóvel).
No meu caso, ambos os meus filhos frequentam o Conservatório; nenhum deles á aluno de Piano. Mas ainda assim, vou contribuir para a sua aquisição, da mesma forma que gostaria que todos contribuissem se fossem alunos daquele instrumento! Mesmo aqueles que não têm filhos a estudar no Conservatório mas acharem a ideia interessante, contribuam se puderem.
Peço pois a todos os que puderem contribuir que o façam e que ajudem a divulgar esta mensagem enviando aos vossos contactos o link http://coisasnaguarda.blogspot.com/2010/05/um-piano-para-o-conservatorio.html
quinta-feira, 13 de maio de 2010
E a alternativa é...
Só não os ouvi referir-se a qualquer alternativa a essas medidas. E assim o movimento sindical vai perdendo credibilidade, um activo não reprodutível e que, uma vez perdido dificilmente se recupera!
Crónica Diária - Rádio Altitude
"Fará no próximo dia 20 precisamente um ano que a minha crónica diária aqui no Altitude versou a crise. Estava-se nessa altura ainda no meio do turbilhão, mas os avisos já ecoavam, vindos de diversos quadrantes.
Cabe aqui recordar que nessa altura referi que apesar de muito se falar e escrever sobre a crise, me preocupava especialmente o período que se lhe sucederia, a ressaca – como então lhe chamei. Era expectável que a conta das medidas anti-crise fosse alta, que aliada a uma previsível subida das taxas de juro – sim porque até as medidas anti-crise serão pagas a crédito - conduziria a 2 ou 3 anos difíceis para todos nós. Não estava a ser pessimista; apenas, da leitura que fazia da situação e dos avisos dos especialistas, realista.
Pois bem, tenho uma confissão a fazer aos ouvintes: estava enganado! Muito enganado. Afinal, dou-me hoje conta, vai ser muito pior do que aquilo que esperava.
Daí que a minha preocupação seja que se comece o quanto antes a dar a volta à situação. Não se pode adiar por um ano; tem de se começar o quanto antes. É necessário que Orçamento de Estado seja revisto e que as medidas difíceis comecem o quanto antes a ser tomadas. Sabemos que, quando se cai nas malhas do crédito, adiar complica sempre, sempre, a situação.
É normal que todos queiramos mais do Estado, que achemos que chegou a nossa vez, que já esperámos demais. As notícias, porém, não podiam ser piores: não dá mais. O Estado está financeiramente asfixiado por anos e anos de concessões a corporações, a interesses mais ou menos claros e legítimos, a aspirações de todos quantos vêm nele uma forma de conseguirem aquilo que sozinhos não conseguem. É preciso parar o quanto antes e reduzir a despesa com tudo o que não é indispensável: um aeroporto que tem como pressuposto um aumento muito significativo no tráfego aéreo no qual não acredito; um comboio de alta velocidade que terá uma exploração deficitária por muitos anos, pelo que aos custos de construção temos de somar os custos com essa exploração para termos uma ideia do buraco que vamos estar a cavar; mais auto-estradas, no país da EU que mais km deste tipo de vias tem por habitante, algumas praticamente sem trânsito (veja-se o exemplo da auto-estrada Lisboa-Évora…); mais pontes que despejarão mais automóveis em cidades já congestionadas; os médicos, enfermeiros, professores, pilotos, etc., por muita razão que tenham nas suas reinvindicações, têm de mostrar o bom-senso de negociar um adiamento daquelas que implicarão mais despesa para o Estado. Mas também ao nível das autarquias, tem de haver um claro esforço de contenção nos custos. No caso da Guarda, se os custos com uma estrutura como o TMG podem ser considerados custos sociais – porque a iniciativa privada não dá resposta às necessidades que aquele equipamento veio colmatar – já no caso, por exemplo, do Hotel de Turismo, não se pode pedir aos cidadãos que encarem os sucessivos prejuízos como um custo social, sabendo-se que o alojamento turístico está hoje perfeitamente assegurado na cidade; e se mais necessidade se vier a revelar – e oxalá que assim seja – tenho a certeza que rapidamente surgirão novas unidades.
Termino com o desejo de que todos os sacrifícios que nos vão ser pedidos sejam antes de mais partilhados por aqueles que no-los vão pedir: gostava que os políticos, num gesto de humildade, abandonassem – pelo menos alguns – a pose de pessoa a quem todos devem e baixassem também os seus vencimentos e vissem as suas regalias reduzidas. Sei muito bem que essa poupança seria inexpressiva nas contas do Estado, mas daria um sinal a todos nós – que vamos passar a pagar mais impostos e ver os nossos rendimentos reais diminuir, talvez mesmo significativamente – nos próximos anos, de que desta vez vai doer a todos… "