Poderia ser o título do romance que um dia escreverei. Mas não é...
A Susana e a Elisabete são mulheres ocupadas; os seus dias têm poucas horas para tanto que têm de fazer; entre o emprego, a lida da casa, os filhos e um pouco de televisão - sim, porque o espírito também quer alimento - pouco tempo lhes sobra. E por isso, optaram por dedicar tempo apenas às coisas importantes da vida, deixando o acessório para outros - comuns mortais.
Há alguns meses, foram iniciadas obras de vulto no seu local de trabalho - que a Susana e a Elisabete são colegas - e passou a ser mais difícil arranjar estacionamento para os carros em que diariamente se fazem transportar para o local de trabalho. E a tantas outras dores de cabeça e preocupações, que já tinham, veio somar-se mais esta. Caramba, era indecente não terem um lugarzinho reservado! Tinham de competir pelos poucos lugares disponíveis com todos os outros, alguns dos quais nem trabalham naquele sítio, são apenas utentes!!!
Mas eis que um dia, num assomo de grande clarividência, uma delas - não sei qual - descobriu o ovo de Colombo: deixar o carro atrás dos outros que já estavam estacionados, com um papelzito no tablier com o seu nome e o local onde trabalham! Como é que ninguém se tinha lembrado daquilo antes??? Se o dono de um desses carros bem estacionados quisesse sair, só teria de se deslocar ao serviço onde trabalham e procurá-las, que elas logo retirariam o veículo. E se bem foi pensado, melhor foi executado. Durante a hora de serviço, no computador de serviço criaram um documento que diz "Elisabete - Secção de Pessoal", num caso, e "Susana - Vencimentos" no outro, fizeram imprimir esse documento numa folha do serviço na impressora nova (também do serviço) e, pelo menos este problema ficou resolvido. Menos uma canseira.
Claro que isto poderá levantar algumas questões a mentes inquietas, como a minha: e se elas não estiverem momentaneamente no serviço? O outro que espere. E podem sair do serviço para andar com os carros para trás e para a frente? Sim, aparentemente podem, apesar de, como já se referiu, estarmos a falar de pessoas muito ocupadas. E é fácil localizar os tais serviços onde elas trabalham? Não; é até bastante difícil, porque trabalham num sítio labiríntico. Mas caramba: quem tem boca vai a Roma, e se não fôr em 5 ou 10 minutos, é em 15... E os colegas aprovam este tipo de conduta? Nalguns casos não; mas também ninguém está muito para se chatear com o assunto. Bem, mas pelo menos são amáveis e desculpam-se quando se lhes pede para retirar o carro? Não, de todo; por que é que o haveriam de pedir desculpa? Têm de deixar o carro nalgum lado, não é? Além disso, elas são funcionárias ali. Aquela instituição existe para elas terem onde trabalhar, os utentes que se sujeitem, se querem...
A Susana e a Elisabete não são as duas únicas pessoas mal-educadas e sem qualquer respeito pelos outros que utilizam este tipo de chico-espertismo; são apenas um (mau) exemplo...
A Susana e a Elisabete são mulheres ocupadas; os seus dias têm poucas horas para tanto que têm de fazer; entre o emprego, a lida da casa, os filhos e um pouco de televisão - sim, porque o espírito também quer alimento - pouco tempo lhes sobra. E por isso, optaram por dedicar tempo apenas às coisas importantes da vida, deixando o acessório para outros - comuns mortais.
Há alguns meses, foram iniciadas obras de vulto no seu local de trabalho - que a Susana e a Elisabete são colegas - e passou a ser mais difícil arranjar estacionamento para os carros em que diariamente se fazem transportar para o local de trabalho. E a tantas outras dores de cabeça e preocupações, que já tinham, veio somar-se mais esta. Caramba, era indecente não terem um lugarzinho reservado! Tinham de competir pelos poucos lugares disponíveis com todos os outros, alguns dos quais nem trabalham naquele sítio, são apenas utentes!!!
Mas eis que um dia, num assomo de grande clarividência, uma delas - não sei qual - descobriu o ovo de Colombo: deixar o carro atrás dos outros que já estavam estacionados, com um papelzito no tablier com o seu nome e o local onde trabalham! Como é que ninguém se tinha lembrado daquilo antes??? Se o dono de um desses carros bem estacionados quisesse sair, só teria de se deslocar ao serviço onde trabalham e procurá-las, que elas logo retirariam o veículo. E se bem foi pensado, melhor foi executado. Durante a hora de serviço, no computador de serviço criaram um documento que diz "Elisabete - Secção de Pessoal", num caso, e "Susana - Vencimentos" no outro, fizeram imprimir esse documento numa folha do serviço na impressora nova (também do serviço) e, pelo menos este problema ficou resolvido. Menos uma canseira.
Claro que isto poderá levantar algumas questões a mentes inquietas, como a minha: e se elas não estiverem momentaneamente no serviço? O outro que espere. E podem sair do serviço para andar com os carros para trás e para a frente? Sim, aparentemente podem, apesar de, como já se referiu, estarmos a falar de pessoas muito ocupadas. E é fácil localizar os tais serviços onde elas trabalham? Não; é até bastante difícil, porque trabalham num sítio labiríntico. Mas caramba: quem tem boca vai a Roma, e se não fôr em 5 ou 10 minutos, é em 15... E os colegas aprovam este tipo de conduta? Nalguns casos não; mas também ninguém está muito para se chatear com o assunto. Bem, mas pelo menos são amáveis e desculpam-se quando se lhes pede para retirar o carro? Não, de todo; por que é que o haveriam de pedir desculpa? Têm de deixar o carro nalgum lado, não é? Além disso, elas são funcionárias ali. Aquela instituição existe para elas terem onde trabalhar, os utentes que se sujeitem, se querem...
A Susana e a Elisabete não são as duas únicas pessoas mal-educadas e sem qualquer respeito pelos outros que utilizam este tipo de chico-espertismo; são apenas um (mau) exemplo...
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