Depois de ter gozado umas breves férias, onde aproveitei para uma desintoxicação de todo o tipo de notícias, eis-me regressado.
Após ter passado os olhos pelo jornais - regionais e nacionais, constato que quase tudo está na mesma. Também, em tão pouco tempo, outra coisa não seria de esperar. Provando-se que 1 semanita não é nada... porque nada acontece numa semana.
Do que li, todavia, 3 assuntos merecem algumas breves palavras:
1) a nossa Câmara passou de promotora a meio de difusão; de facto, deixou de fazer para anunciar o que os outros fazem; eu sei que a situação financeira não permite fazer o que todos gostavam, mas atirar-nos um cartaz extensíssimo, de difícil leitura, cheio de eventos promovidos por outros para mostrar serviço é uma tentativa (fraquinha...) de atirar areia para os olhos dos munícipes; era bem escusado!
2) o Sr. Hernani Lopes, que gosta sempre de dar umas receitas musculadas para resolver os problemas da Nação, entrevistado por um jornal nacional, apresentou mais uma das suas receitas milagrosas: reduzir os salários dos funcionários públicos em 10, 15, 20 ou mesmo 30%; talvez, 15%, mas melhor seria 20%; assim, com este rigor todo! Mais: sem negociação, sem explicar nada a ninguém. A falta de vergonha já chegou a este ponto. Mas eu, como não quero ficar atrás do Sr. Lopes, tenho também uma receita: mudar, sem aviso e sem qualquer negociação ou explicação, as regras das pensões de reforma, passando a ser tido em conta em todos os casos, passados e futuros, apenas a carreira contributiva de cada cidadão. Uma medida justa, dirão alguns que, como eu, será por estas regras que terão (???) calculada a sua pensão de reforma. Mas sempre gostava de ver a cara do Sr. Lopes, reformado aos 47 anos, quando recebesse o primeiro cheque com a sua reforma calculada pelas novas regras...
3) por último, uma notícia que me encheu de satisfação: Rui Costa, natural da Guarda, viu publicado na "Nature" um trabalho em que participou na qualidade de investigador. Para quem não sabe, publicar na "Nature" está para as as ciências como ser contratado pelo Real Madrid está para o futebol: é o mais alto a que se pode aspirar. E o Rui conseguiu-o. Alguns dirão, como já ouvi, que devia ser homenageado pela cidade que o viu nascer. Aqui discordo. A grande distinção que poderia ter, já a teve, por parte dos seus pares. Essa é a maior distinção a que um cientista sério aspira e eu, conhecendo o Rui, tenho a certeza que essa é a que realmente lhe importa. Mais do que ter o seu nome numa sala de assembleia! Embora, na minha opinião, o mereça mais do que outros que nunca por cá vi a jantar, a tomar café, a visitar a família, como tenho visto o Rui. E que quando vêm, seja em trabalho ou para ser homenageado, vêm com a viagem paga por todos nós! Nem essa despesa cá fazem...
2 comentários:
Parcialmente de acordo, porque afinal até achei a ideia de compilação da programação de verão uma boa ideia. Sempre temos algo que nos diga o que existe, onde e quando... Mais do que em anos anteriores. Quanto às questões financeiras todos sabemos que metade dos eventos dessa terra são apoiados, pagos e organizados pela Câmara. É justo que também os promova.
Quanto ao Rui Costa é curioso que mais de metade da cidade tenha andado com ele na Escola e até há um ano atrás poucos se lembravam que ele tenha existido ou que fosse investigador. De repente o nome surge em tudo como se o rapaz tivesse nascido ontem. Também fico
satisfeito com as notícias sobre a Guarda, mas lembrem-se lá de muitos outros que também andaram convosco na escola e que possivelmente também têm mérito.
bravo
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