quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ainda a maternidade

Apesar de ainda há poucos dias ter escrito sobre o tema, e de entretanto não ter mudado de opinião, resolvi hoje voltar a ele.
De acordo com a imprensa local, a Administração da ULS iniciou na semana passada uma campanha pela manutenção da maternidade na Guarda. São boas notícias, porque para mim reconhecer que existe um problema é meio caminho feito para o poder resolver.
Mas como não há bela sem senão, quem haviam de convidar para a iniciativa? O Bispo da Diocese da Guarda, pois então! Quem melhor para ajuizar sobre a maternidade? E que melhor do que debitar meia dúzia de lugares-comuns, tipo "a qualidade dos serviços" para de uma penada descredibilizar a sua participação na campanha? 
Volto a insistir naquilo que disse o meu post anterior: falem com as mulheres; com as que cá tiveram os seus filhos e com aquelas que optaram por não os cá ter. Elas melhor do que ninguém sabem o que é bom e o que é mau na maternidade. 
A este propósito, na próxima terça-feira, dia 24 de Janeiro pelas 21.30, a Rádio Altitude dinamizará um debate, no café concerto do TMG, sobre a Maternidade da Guarda. Apesar de já ter um compromisso para essa noite, vou fazer os possíveis para por lá passar.
Penso que a Maternidade da Guarda só tem um caminho: a diferenciação. Tem de fazer diferente. Tem de fazer melhor. Por ela própria, pelos seus profissionais, e por todos nós, habitantes da Guarda.


PS: referi-me acima às mulheres que cá tiveram os seus filhos e às que optaram por os cá não ter; há ainda uma 3ª categoria: aquelas que, não tendo cá tido os seus filhos, o fizeram porque foram encaminhadas para outros Hospitais pelo Hospital da Guarda. Francamente, ainda gostava de saber quantas foram nos últimos anos, porque dessas não tenho ouvido falar...

Foto retirada do site do Jornal O Interior (www.ointerior.pt)

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