Devo aqui ao blogue alguns textos, nas últimas semanas, que hei-de repôr muito brevemente. Mas ao saber da mais recente aquisição da Câmara da Guarda, não podia de aqui deixar algumas questões que o tema me coloca.
Falamos de uma Câmara que está actualmente fortemente limitada na sua capacidade de actuação pelas dificuldades financeiras que atravessa; que, segundo dizem alguns, deve muito dinheiro a fornecedores que não podem falar publicamente porque senão acabam os negócios com a Câmara (imagino então que sejam proveitosos...); que deve à banca muitos milhões de Euros, pelo que deduzo que terá actualmente encargos financeiros que pesarão cada vez mais, face à tendência de subida das taxas de juro que veremos nos próximos anos.
Perante este cenário, e com o produto da venda do edifício do hotel de turismo, não seria sensato amortizar alguma dessa dívida; deixar as vindouros um ónus menos pesado? Parece não ser este o caminho que o executivo quer seguir, ao ter anunciado a compra do edifício conhecido como "bacalhau", onde funciona a escola profissional da Guarda.
Obviamente nada me move contra o projecto; daquilo que conheço, é um projecto bem sucedido e que tem dado o devido contributo para que a Guarda possa oferecer aos seus cidadãos mais opções na hora de optar por uma via de formação. Mas existem concerteza outras opções. Existem sempre outras opções.
Se o património da Câmara tem crescido à custa de financiamento bancário para lá do desejável e, provavelmente muito em breve, do suportável, não estará na hora de ponderar a hipótese de tornar esse património mais operacional? Adequá-lo à sua real capacidade financeira?
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